Lixo espacial não oferece risco para Atlantis e a Estação Espacial
Por Ian O’Neill
Quarta, 13 de julho de 2011
ATUALIZAÇÃO (11 de julho): A NASA anunciou, no dia 11 de julho, que o lixo espacial proveniente de um satélite russo não seria uma ameaça para a estação espacial, o ônibus espacial ou os astronautas em órbita: “O Controle da Missão confirmou que vestígios de lixo espacial não serão uma ameaça para a Estação Espacial Internacional e para o ônibus espacial Atlantis”, disseram oficiais da NASA. “Não será necessário fazer ajustes na parte externa da nave para evitar o choque com os fragmentos”.
POST ORIGINAL: Se a tripulação da última missão da Estação Espacial Internacional pensava que o cosmos daria um desconto por estarem fazendo história, estava enganada. A NASA monitorou uma parte de um satélite russo inativo que está girando em torno do planeta e que poderia ter se aproximado demais no momento da caminhada espacial prevista para a última terça-feira, de acordo com anúncio do site Space.com. Supervisores da missão assessoraram o satélite e, caso fosse necessário, poderiam ter optado por usar o empuxo externo da nave para afastar toda a estação espacial da ameaça. Projeções apontavam que o lixo espacial, proveniente de um satélite russo lançado em 1970, ficaria mais próximo da estação às 12h59 do dia 12 de julho, momento em que os astronautas da estação espacial Ron Garan e Mike Fossum estariam trabalhando no lado externo da estação.
No mês passado, outra possibilidade de choque com um fragmento de lixo espacial fez com que todos entrassem em estado de alerta e que a tripulação da Estação Espacial Internacional se abrigasse em cápsulas espaciais Soyuz, caso o pior acontecesse. Os destroços passaram a 250 metros da estação. Dessa vez, no entanto, os supervisores da missão tiveram tempo para fazer cálculos e decidir se uma manobra de desvio seria necessária.
“Com toda a certeza, isso não iria interferir na missão espacial”, disse, LeRoy Cain, chefe da equipe de supervisão de missão do Atlantis, no último domingo.
O lixo espacial é uma preocupação para futuras viagens espaciais. Há um número cada vez maior de satélites inativos, partes de foguetes, e outros resquícios da Era Espacial que oferecem risco enquanto percorrem aórbita terrestre. Mais de 22 mil pedaços de detritos espaciais são constantemente recolhidos. “Não é incomum”, continua Cain. “Tem muito lixo em órbita. Temos um sistema muito bom para saber onde estão esses detritos e como evitá-los, caso seja necessário. Não é incomum ter de lidar com eles”.
Todos ficamos de dedos cruzados para que o pedaço de satélite inativo não passe perto demais da estação espacial. Mas mesmo que isso aconteça, a Atlantis estará próxima para ajudar.
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